Um diário de bordo

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

O desafio de mudar

Todos nós sabemos definir o que é sucesso. Cada um de nós tem um padrão diferente nesta definição; pra alguns, bens materiais. Pra outros, um  corpo perfeito; alguém pra amar; uma família de comercial de margarina; viagens; reconhecimento social...Enfim, tantas possibilidades quantos seres humanos.
Ora, vivemos na era da informação. A alguns cliques de nós, toda a informação que precisamos pra alcançar o que almejamos (estou, obviamente, a "meritocracia" da equação, não é o objetivo aqui, agora, esta discussão). Então, por que, ainda assim não chegamos lá, não somos felizes?
Eu, na minha humilde opinião não especializada, mas conviva de anos de ansiedade e depressão, tenho uma teoria: pra construir a vida que queremos, precisamos, antes de qualquer coisa, desconstruir.
Desconstruir a vida antiga, nossas rotinas e nossos padrões.
E, enquanto você desconstrói o velho e o novo ainda é bruma, o que fica? O vazio. O nada.
Acho que é isso o que tememos.
O velho é ruim. Mas sabemos lidar com ele. Lidamos tanto que temos apego, conhecemos as manhas, sabemos como lidar com toda aquela dor.
Mas e com o vazio, como lidar?
Dá medo...
Além disso, essa coisa de desconstruir é um tanto quanto etérea, né não? Como se faz essa coisa, afinal? Eu já disse que sou o estereótipo ambulante da taurina???? Até cocô eu faço todo dia no mesmo horário. Agora me imagina sem rotina. Imaginou? Nem eu.
Complica... E muito.
Talvez a chave de tudo seja ir com calma. Nada de mudar de vida como quem ganhou na loteria.
Pegar o hábito A, que tu não curte, e ir, devagar e sempre modificando. Foi? Já internalizou? Próximo... Não tem glamour nenhum nesse trabalho de formiga, eu reconheço. O legal é jogar um antes e depois no facebook e deixar a platéia boquiaberta. Né? Meu bem, não rola. simples assim.
Seu cérebro, fruto da evolução, e pra fazer com que passemos pela vagina ao nascer, precisa de pilotos automáticos, daqueles movimentos repetitivos. A biologia não tá jogando no seu time. Foi mal aí.
Pra você conseguir fazer com que ele pare de repetir padrões ad eternum é um esforço da peste. Tá? Aceita, que dói menos. Volta a ser formiga. Dá mais certo.
Desconstruir um hábito por vez. Você vai ser a pessoa dos seus sonhos em 2036. Mas vai ser essa pessoa linda pra sempre. Ou até a sua própria necessidade de mudança.
Melhor que nadar, nadar e morrer sufocado pelo fracasso de sempre.
Pensa nisso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Tô construindo a vida que eu sempre quis! e você?????????